sexta-feira, 6 de agosto de 2010


Pombo

Reino Animália
Filo Chordatas
Classe Aves
Ordem Columbiformes
Família Columbinae
Gênero Columba
Espécie Columba Lívia Doméstica
- Origem:

São aves de origem Européia, encontradas no mundo todo. Segundo a Lei 9605 de 12/02/98 (Artigo 29, parágrafo 3º), são considerados domésticos levando assim qualquer ação de controle que provoque a morte, danos físicos, maus tratos e apreensão, passível de pena de reclusão e inafiançável de até cinco anos.

- Alimentação:

Alimenta-se de sementes, de grãos de vários cereais (trigo, cevada, aveia, milho), de caracóis, insetos e minhocas.


- Ciclo de Vida:


A fêmea tem 5 a 6 ninhadas por ano, em geral de 1 a 2 filhotes, que ficam cerca de um mês no ninho.
Tempo de vida: 3 a 5 anos nos centros urbanos e em condições silvestres pode chegar até 15 anos.


- Identificação:

É fácil distinguir a pomba dos demais pássaros pelas ceromas nasais - carnosidade localizadas na base do bico e recobertas por pele macia. Muito resistente, possui um ótimo sentido de direção, um pombo bem treinado pode voar 1500 km até atingir seu destino. Para constatar a sua presença, os sinais mais comuns são: penas, fezes, barulho em cima da residência ou edifício, ovos e ninhos.


- 3 Fatores que atraem os pombos:

- Alimento: Grãos, ração para animais domésticos, lixo nas ruas.
- Água: Poças d'água, bebedouro de animais, piscinas, caixas d'água, calhas entupidas, entre outras fontes.
- Abrigo: Esse fator representa o mais importante de todos, pois mesmo não tendo água e alimento no local, esse fator acaba atraindo muitos pombos, facilitando a construção de ninhos e procriação, ponto de descanso e visualização de alimentos na redondeza.


- Como podemos ajudar?

* Evitar alimentar os pombos.
* Consertar falhas em estruturas que permitam a nidificação dos pombos.
* Vedar as bordas entre os telhados e a laje para impedir o acesso dos pombos nos espaços.
* Para impedir que os pombos pousem nos parapeitos de janelas, esticar um ou mais fios de “nylon”, presos por ganchos, nas bordas laterais das paredes que circundam o parapeito. Estes fios devem estar a uma altura de 10 cm do parapeito.
* Pombos não gostam de pousar em superfícies inclinadas. Construir um parapeito com inclinação de mais ou menos 45° impede seu pouso.
* Existem no mercado alguns equipamentos para impedir o acesso de pombos, muito deles são importados.
* Quando pombais ou locais freqüentados por pombos forem limpos, deve-se usar máscara ou um pano umedecido na área do nariz e boca e se possível umedecer a área suja antes de se executar a limpeza.



- Controle da Contaminação Ambiental:

* Proteger o nariz e a boca com máscara ou pano úmido e utilizar luvas quando for fazer a limpeza de locais onde estejam acumuladas fezes e ninhos de pombos.

* ANTES E DEPOIS DA LIMPEZA: Umedecer bem as fezes com solução desinfetante a base de cloro (água sanitária diluída em água, em partes iguais) ou quaternário de amônia diluídos em água em partes iguais.

* Impedir o acesso e entrada das aves nas construções, fechando os locais com tela ou alvenaria, após a desinfecção e limpeza do local.

* Proteger alimentos e água do acesso das aves e suas fezes.
- Métodos de Controle:

Essas são algumas medidas de controle que irão interferir diretamente na redução populacional dos pombos:

- Anticoncepcionais para pombos:
O Ornitrol, produto americano, é um inibidor da reprodução de pombos, mas pode também provocar a esterilização temporária de outros pássaros, caso haja uma utilização incorreta do produto. Recomenda-se sua utilização por técnicos da área pública, universidades e firmas especializadas em controle de pragas.
Trata-se de milho coberto por uma camada de um quimioesterilizante, que impede a síntese da formação da gema do ovo, atuando também na espermatogênese.
É indicado para cidades pequenas, e deve ser utilizado por um período de 2 anos para melhor se constatarem os resultados.
Todos os métodos de controle possuem suas vantagens e desvantagens; entretanto, o que se recomenda é a utilização de medidas integradas a fim de se obterem melhores resultados.

- Uso de pombais de reprodução controlada:
Consiste na construção de pombais que funcionam como pontos de concentração e nidificação de pombos, onde os ovos e os ninhos passa a ser destruídos de forma controlada. É uma técnica que requer persistência, pois os ovos devem ser quebra dois a cada duas semanas, até que a mortalidade natural elimine os adultos. Leva de 3 a 4 anos e deve ser empregada junto a outras medidas de controle.

- Inclinação de superfícies de pouso:
Representa a modificação física de superfícies de pouso, quanto ao ângulo de inclinação tornando-as instáveis de pouso pombos que se sentem ameaçados nesta situação declive.

- Emprego de acessórios desestabilizadores de pouso:
Consiste no emprego de acessórios, que podem ser espículas, molas ou fios de nylon, que ao serem instalados nas superfícies de pouso causam uma sensação de instabilidade para os pombos, provocando seu afastamento.
Estes acessórios devem ser instalados ao longo das superfícies e quanto estas são muito largas, recomenda-se o uso de 2 ou 3 fileiras destes dispositivos.
Estes desestabilizadores de pouso são comercializados em representantes do segmento e vêm com as peças próprias para fixação no local.

- Vedação de Espaços:
Consistem na vedação de acesso em forros de telhado, desvãos, saídas de tubulações de serviço e outros espaços, com estruturas de tela, tapumes ou argamassa, conforme a característica local.
As telas de arame galvanizado de ¾ de polegada têm maior resistência e vida útil do que as telas de plástico, sendo de custo mais elevado. Existem empresas especializadas na instalação destas telas.

- Emprego de elementos assustadores:
Os elementos assustadores podem ser de 2 tipos – assustadores visuais e assustadores auditivos.

Assustadores visuais: significa o emprego de manequins de predadores e de estruturas refletoras. O emprego de manequins de corujas, falcões ou outras aves de rapina, que são predadores biológicos naturais dos pombos, desencorajam sua aproximação, desempenhando a função de espantalhos.
As estruturas refletoras de luz solar, como espelhos e fitas metálicas e luzes causam um incômodo visual nos pombos, afastando-se dos locais. As aves habituam rapidamente as técnicas de susto, estas somente tem indicação como medida de impacto, complementar a uma estratégia de controle mais abrangente.

Assustadores auditivos: Emprego de sons que afugentam os pombos, como explosão de fogos de artifício, chacoalhar de estruturas metálicas, ultra-som, sons miméticos de predadores, ou tiros de ar comprimido são medidas de efeito bastante transitórios.

- Limpeza dos locais infestados:
Considerando-se que as fezes dos pombos são elementos de alta propagação de microorganismos patogênico, as limpezas dos locais infestados constituí medida prévia obrigatória em qualquer ação de controle.
Recomenda-se umedecimento das fezes com água, água sanitária ou outro desinfetante, procedendo-se a limpeza e descontam inação do local.

- Como proteger nossas casas?• Instalação de tela ou alvenaria nos vãos dos telhados para impedir a entrada dos pombos.

• Esticar fio de nylon ou arame nos locais de pouso, como beirais, muros, floreiras, numa altura de 10 cm de altura do local de pouso. Se o beiral for largo ,esticar outros fios a cada 3 cm .

• Utilização de objetos pontiagudos (espículas metálicas ou plásticas), para evitar que as aves pousem ou façam ninhos.

• Aplicação de substancias pegajosas (gel repelente) em camada fina para que o pombo evite o local.

• Modificação da superfície de apoio das aves para que fique com inclinação de mais de 60 graus.

• Objetos brilhantes e com movimento como festão de natal, bandeirolas, móbilis de CD e manequins de predadores (gavião, coruja), assustam as aves e as afastam do local por algum tempo.

• Produtos com odores fortes como creolina, naftalina ou formalina também afastam as aves por algum tempo.

Doenças

Doença Agente Sintomas Transmissão
Criptococose Fungo Cryptococus Neoformans Geralmente se apresenta como meningite sub-aguda ou crônica. Ao inalar poeira gerada pelas fezes secas de pombos e canários, principalmente.
Histoplasmose Fungo Histoplasma Capsulatum Pode apresentar doença pulmonar ou não dar sintomas. Ao inalar esporos do fungo encontrado em acúmulo de fezes secas de pombos ou morcegos.
Clamidiose Bactéria Chlamydia Psittaci Pode não apresentar sintomas ou causar doença pulmonar, vômito e diarréia. Ao inalar poeira gerada pelas fezes ou secreções de aves doentes.
Salmonelose Bactéria Salmonella Spp Toxinfeco alimentar com sintomas como vômitos, diarréia, febre e dores abdominais. Ingestão de carne e ovos contaminados com fezes animais ou humanas ou alimentos mal lavados.
Dermatite Ácaro Ornithonyssus Spp Pontos avermelhados e coceira na pele, semelhante às picadas de insetos. Através do contato da pele com o ácaro (piolho de pombo).
Alergia Presença de ninhos e fezes de pombos no ambiente. Pode ocorrer rinites e crises de bronquite em pessoas sensíveis. Ao inalar o ar de ambientes com fezes e ninhos de pombos.
Doença de Newcastle Vírus da Doença de Newcastle, pertencente à famlia Paramyxoviridae. Problemas digestivos e respiratórios. Inalação das fezes dos pombos.
Aspergilose Pulmonar Fungo Aspergillus Fumigatus Tosse, esporação de catarro em formato dos brônquios em moldes, dor torácica, fraqueza, febre, chiado no peito, ou crises de asmas, encurtamento da respiração, perda de peso e hemoptise (tossir sangue). Consumo de carne de aves contaminadas pelo fungo.